Pesquisadores e discentes do Programa de Pós-Graduação em Alimentação e Nutrição (PPGAN) estão participando do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo – EMDI. O estudo será desenvolvido em 13 municípios (distribuídos em 10 estados e distrito federal), sendo o município de Curitiba um dos locais de coleta. O projeto é coordenado pela professora Dra Sylvia do Carmo Castro Franceschini da Universidade Federal de Viçosa em Minas Gerais e tem como coordenação local em Curitiba, a professora Dra. Claudia Choma Bettega Almeida.
Serão convidadas a participar do estudo gestantes em diferentes idades gestacionais (primeiro, segundo e terceiros trimestres), nutrizes entre 15 e 60 dias após o parto e seus respectivos lactentes desde que estejam em regime de aleitamento materno exclusivo.
O Brasil é considerado atualmente, segundo dados oficiais da Organização Mundial de Saúde, região de risco de efeitos adversos à saúde associados à ingestão excessiva de iodo. Tal condição, no entanto, é fundamentada com base na avaliação da iodúria de escolares não refletindo a real situação da deficiência iódica entre grupos biologicamente mais vulneráveis como gestantes, nutrizes e lactentes ao longo da primeira infância. Além disso, é importante ressaltar que tal classificação se baseia em amostras locais e subnacionais, não sendo representativas da população brasileira. Neste contexto, emerge no país a necessidade de se estabelecer uma avaliação que, além de conter representatividade amostral, inclua também estes grupos populacionais específicos. Tal avaliação, pautada na compreensão da distribuição da deficiência, bem como dos preditores a ela associados, é essencial para a construção de um panorama epidemiológico nacional. Este, por sua vez, pode subsidiar a discussão e elaboração de políticas e estratégias mais específicas, direcionadas e efetivas no enfrentamento da deficiência de iodo e suas consequências nos diversos grupos populacionais e regiões do país.
O estudo EMDI contribuirá, portanto, com o conhecimento do estado nutricional de iodo no grupo materno infantil tendo em vista a escassez de estudos no país, visando o levantamento de informações que poderão ensejar medidas de rastreamento e intervenção no período gestacional de forma a prevenir a ocorrência da deficiência iódica materna e infantil bem como suas consequências, dentre as quais se destaca o retardo no desenvolvimento cognitivo e neuropsicomotor durante os primeiros anos de vida.
Para saber mais acesse: http://www.emdibrasil.com.br/